Acabo de ler um artigo da Ruth de Aquino sobre o filme “Later Bloomer”, no Brasil tem o título “O amor não tem fim”, da diretora Julie Gravas, filha do cineasta Costa Gravas.
O filme é sobre um casal na faixa dos 60, mostrando como cada um reage a idade.
O comentário da Ruth é sobre o que vem a ser o envelhecimento e como homens e mulheres reagem a idade.
Para mim a pergunta é: o que vem a ser realmente envelhecer?
E a cada ano me convenço mais que é uma questão de crenças, de paradigmas. É claro que não posso fugir da realidade do corpo perdendo a aparência dos vinte anos. Mas mesmo assim posso retardar com toda a tecnologia que existe hoje. Me sinto muito mais disposição, na idade que tenho hoje,por mais incrível que isso possa parecer, do que quando estava na faixa dos vinte ou trinta anos.
Uma mulher na minha idade quando eu era criança já usava preto, e não era pretinho básico não, era preto de luto, porque alguém da família já tinha morrido, e como na época era costume usar luto (preto)muitas vezes elas não tiravam mais. Sua vida ficava em função da família e da casa. Não tinha mais nenhuma perspectiva de vida.
Hoje, porém, uma mulher ou um homem pode recomeçar a vida em qualquer idade, pode realizar sonhos em qualquer idade.
Ser velho ou jovem, ao meu ver, é uma questão de se sentir velho ou jovem.
Conheço jovens velhos e pessoas com idade cronológica avançada jovem de espírito.
Eu tenho grupos de “Potencializando a Memória”onde ensino e exercito a mente e o cérebro de essas pessoas para que possam chegar a qualquer idade com qualidade de vida. E o que mais trabalho com elas é a quebra do paradigma da velhice.
Ser “velho”é uma escolha.
Como Ruth coloca: por mais que a sociedade estabeleça como idoso quem tem acima de 60 anos, a tendência é empurrar o calendário para a frente. Hoje, para os sessentões, velho é quem tem mais de 80. Os octogenários produtivos acham que velho é quem passou dos 90. No fim, velho mesmo é quem já morreu e não sabe.”
Por um mundo melhor, CONEÇANDO POR MIM!!!
Elizabeth Giaretta Rocha - Terapeuta Ocupacional