Eu sou uma pessoa um tanto avessa a regras e datas.
Confesso que tenho uma certa dificuldade com algumas datas
comemorativas, por serem puro comercio, como dia das mães, dos pais e outras.
Criei meus filhos totalmente liberados com essas datas.
Eu, pelo menos, não meço o amor deles pelo almoço e presente
que são obrigados ,pela sociedade, a dar nesse dia.
Mas sim de como eles me tratam ao longo dos dias e anos.
E como tenho certeza do amor deles por mim , não preciso que
alguém nos diga que precisam de um dia para demonstrar esse amor.
Para mim, isso não é amor, mas obrigação e na obrigação não
há amor verdadeiro.
Para mim não há nada mas delicioso e gratificante que um
simples abraço ou um beijo do nada, simplesmente porque sentiu vontade,
totalmente espontâneo.
Ou um “obrigado mãe por ter me alertado por isso ou aquilo e
eu não ter entrado numa fria”.
Ou chegar com minha fruta preferido porque sentiu o cheiro
dela na rua e se lembrou de mim.
Esses pequeninos gestos e atos que demonstram para mim o
quanto sou amada e importante para meus filhos.
Além de que existe por detrás dessas datas , um toque de
perversidade para com os filhos que perderam suas mães ou pais , ou mesmo para
os pais que perderam seus filhos, e pior ainda para as crianças que foram
abandonadas.
Sinto muito, mas para mim amor não tem hora, nem data, nem
momento certo para ser demonstrado...ou você
sente e demonstra ou não sente e ai fica difícil demonstrar...fica falso.
Por um mundo melhor, COMEÇANDO POR MIM !!!
Elizabeth Giaretta Rocha
- Terapeuta Ocupacional